Secovi-SP prevê um 2017 positivo para o mercado imobiliário
Depois de
um 2016 de queda nas vendas e nos lançamentos, este será o ano da retomada do
mercado imobiliário, com crescimento estimado entre 5% e 10%.
De acordo com os números apurados junto à Empresa Brasileira de
Estudos de Patrimônio (Embraesp), foram lançadas na cidade de São Paulo 17,6
mil unidades residenciais em 2016, volume 23,3% inferior às 23 mil unidades
lançadas em 2015. Este é o segundo ano consecutivo de forte retração nos
lançamentos, já que os resultados de 2015 foram 32,4% inferiores aos de 2014
(34 mil unidades).
Em volume de vendas, a Pesquisa do Secovi-SP registrou a
comercialização de 16 mil unidades residenciais novas na cidade de São Paulo –
montante 19,7% inferior às 20 mil unidades vendidas em 2015.
Esse resultado coloca 2016 no topo da pesquisa como o pior ano
da série histórica em volume de vendas de unidades residenciais novas, pois as
16 mil unidades comercializadas ficaram 43,6% abaixo da média calculada no
período de 2004 a 2015, que foi de 28,7 mil unidades por ano.
Imóveis com
dois dormitórios, área útil entre 46 e 65 metros quadrados e faixa de preço
entre R$ 225 mil e R$ 500 mil foram os destaques em lançamentos e vendas no ano
passado.
Oferta na capital
No final de 2016, a cidade de São Paulo acumulou 24 mil unidades
residenciais novas em oferta.
Região Metropolitana
A Pesquisa do Secovi-SP acompanha, também, o mercado nas cidades
que compõem a Região Metropolitana de São Paulo, composta por 39 municípios,
inclusive a capital. Em virtude da importância da região, são analisadas as 38
cidades do entorno separadamente.
Em 2016, foram lançadas nas outras cidades da RMSP 9,1 mil
unidades, representando uma queda de 40,5% em relação ao ano anterior. Em
termos de comercialização, foram escoadas 9 mil unidades, uma variação negativa
de 30,9% na comparação com 2015.
Demanda habitacional no Brasil
O potencial do mercado imobiliário brasileiro para os próximos
anos foi analisado em estudo desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O
material foi baseado no histórico dos dados sociodemográficos do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os cenários
construídos pela FGV, serão necessários 14,55 milhões de novos domicílios no
período entre 2015 a 2025 para suprir a demanda habitacional.
Conclusão
O ano de 2016 foi de importantes fatos históricos para o país.
Olímpiadas, operação Lava Jato, troca de governo, entre outros fatos
contribuíram para um ano atípico. Acredita-se que 2016, para o mercado
imobiliário, tenha sido o ano com os números mais baixos registrados pela
pesquisa.
“Para 2017, a expectativa é positiva, e está alicerçada na
retomada gradual da economia, na queda da inflação e das taxas de juros,
inclusive dos financiamentos imobiliários. A retomada dos investimentos e da
geração de emprego e renda nos levam a estimar um crescimento do mercado
imobiliário de 5% a 10% neste ano”, aposta Flavio Amary, Presidente do
Secovi-SP.
Destacam-se, ainda, as mudanças que devem ocorrer em virtude das
novas legislações edilícias do Plano Diretor Estratégico e da Lei de
Zoneamento. “Esperamos que a nova equipe da Prefeitura entenda os efeitos
destas legislações, atenuando sua aplicação e corrigindo suas imperfeições”,
acredita Emilio Kallas, Vice-Presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos da
entidade.
“De toda forma, e de acordo com estudo que fizemos com a FGV, a
demanda por novos domicílios permanentes na RMSP, de 2015 a 2025, será de mais
de 130 mil por ano. Em um cenário de reaquecimento da economia, o mercado
imobiliário tem capacidade de suprir parte desta demanda futura”, conclui
Amary.
fonte: SECOVI / jornalspnorte.com.br 17.03.2017
foto: Fotos Públicas/Rafael Neddermeyer
foto: Fotos Públicas/Rafael Neddermeyer